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A terra do passavento
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RESENHA

Por Daniela Martins
Acadêmica do Curso de Pedagogia/UFSC
Bolsista PET - Pedagogia
2013

A história A terra do passavento, de Danuza Meneghello, foi uma das classificadas no “Concurso de Histórias para a Infância Catarinense”, coordenado pela Fundação Catarinense de Cultura da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo e promovido pela Liga de Apoio ao Desenvolvimento Social Catarinense (LADESC), no ano de 1985, e publicado em 1986 na Coleção Pró-criança, Ano 2.

Meneghello apresenta uma curiosa terra, na qual tudo se movia com o vento ventilhão; cheia de passavento, até as casas se moviam. Diziam até que era a terra onde o vento morava. Todos os dias, pipas e balões coloriam o céu, dançando com o vento. A gentarada da cidade já não sabia mais o que fazer quando perdiam suas casas, que iam perambular pelo céu. As casas giravam no ar como se fossem passarinhos.

Uma noite, enquanto o vento dormia seu sono sossegado, a menina Betina teve a ideia de pintar as sete casas da vila, uma de cada cor, assim os donos saberiam diferenciar quais eram as suas casas. E quando o vento as levava a voar, parecia um arco-íris voador.

Vô Bica tinha a preocupação de que um dia, pelos assobios fortes que o vento dava, o gigante que dormia na montanha iria se acordar. Seu netinho Peri, referindo-se à montanha, dizia que não, pois o gigante é tão velho que está até verde de tanto sono. Tinha gente na rua que, imaginando uma terra sem vento, silenciosa, procurava espantar o vento; estavam até construindo um engolevento.

No entanto, a população daquele vilarejo fantástico, onde o vento bole as saias das meninas e faz as casas se tornarem aladas, não aceita o engolevento e o silêncio, querem continuar com o vento e sua sedução.

A narrativa é construída de forma poética e é carregada de nonsense, aguçando a imaginação. As ilustrações de Nice, em preto e branco, dão uma dinâmica interessante à narrativa, convidando o leitor para interagir com o texto lido.

MENEGHELLO, Danuza. A Terra do passavento. Il Nice. Florianópolis: LADESC, 1986. 


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