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Cíntia, por Sôlfi
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RESENHA

Por Rafaella Machado
Mestre em Educação pelo PPGE/UFSC
2013

O livro Noite na Taverna, originalmente de Álvares de Azevedo, faz parte da série Outras Palavras, que nada mais é que uma seleção de textos escritos baseados em textos clássicos. Publicado em 1992, foi organizado por Samira Youssef Campedelli e ilustrado por Zeflávio Teixeira, vem acompanhado de uma folha impressa com "Propostas de trabalho". Este volume, especificamente, possui contos de quatro autores: Ilka Brunilde Laurito, Antônio Hohlfeldt, Ronald Claver e Amilcar Neves, sendo este último o autor do conto “Cíntia, por Sôlfi”.

O conto “Cíntia, por Sôlfi”é baseado no conto original de Álvares de Azevedo, Solfieri. Iniciado com uma epígrafe de Noite na taverna, a narração em primeira pessoa do plural tem seu tempo marcado por uma noite em que alguns jovens conversavam e contavam histórias de terror. Num clima de tensão, com a súbita falta de energia elétrica e após algumas divagações, o narrador afirma que o contador que entretinha os presentes era Sôlfi, o que mais lia dentre eles e que melhor representava. Posteriormente à apresentação do contador, a história dentro da história se inicia: um rapaz que caminhava em uma noite calma, de repente percebe um vulto e o segue, até chegar a um cemitério... o novo narrador se interrompe para fazer referência ao conto de Álvares de Azevedo.

Essa intertextualidade explicitada pelo autor traz para a cidade catarinense, nomeada Nossa Senhora do Desterro, a história contada na Taverna. Apesar de manter muitos pontos de encontro com o original, suaviza o contexto e deixa o leitor imaginar o que realmente poderia ter acontecido, ou não.

NEVES, Amílcar. Cíntia, por Sôlfi. In: CAMPEDELLI, Samira Youssef (Org.). Noite na taverna. Il. Zeflávio Teixeira. São Paulo: Atual Editora, 1992.


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