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Favela
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RESENHA

Por Simoni Conceição Rodrigues Claudino
Mestre em Educação – PPGE/UFSC
Professora de Educação Infantil – PMF/ SC
2020

O livro Favela, escrito por Dílvia Ludvichak, publicado pela editora Paulus, tem ilustrações de Simone Matias. O livro tem na capa inicial a ilustração de um menino sentado num muro com uma pipa vermelha a seu lado. Este muro revela atrás de si algumas casas, uma caixa de água e um varal com roupas penduradas. Na capa estão escritos o nome da autora e da ilustradora, o título do livro, o nome e selo da editora. Ainda na capa, são utilizados diferentes elementos como aplicação de verniz em reserva, iluminação fosca, e uma espécie de lixa em algumas partes da ilustração.  Na quarta capa, aparece a ilustração de um menino debruçado na janela na lateral esquerda, uma imagem de favela na parte inferior da capa, o ISBN da obra, um selo na parte superior centralizada da “arteletra”, e uma lista de 46 títulos de livros com seus respectivos autores, incluindo este livro “Favela”. As falsas guardas do livro vêm com a imagem de um céu colorido de tons de azul e duas pipas a ganhar espaço.

Na primeira orelha há um texto assinado pela autora falando um pouquinho de si e de seu livro; e na segunda orelha a ilustradora também se apresentando ao leitor. Na folha de rosto, aparecem o nome da autora, da ilustradora, o título do livro e a ilustração de uma favela na parte inferior. No verso da folha de rosto estão as informações do livro, como: dados catalográficos, dados da editora, nome de outros colaboradores no processo de edição do livro e número de edição, no caso, primeira. Na página 3 há uma imagem, que inicia na página 2, de crianças jogando bola na rua, num espaço que parece ser a entrada da favela, e há nesta página uma dedicatória do livro aos meninos e meninas que brincam e sonham, e uma espécie de agradecimento. As páginas 4 e 5 também dividem a ilustração de um ônibus parando no ponto com duas possíveis pessoas que nele irão embarcar. A favela aparece ao fundo e duas crianças mais ao fundo a correr para subir as escadas. Nestas páginas, três citações com autorias indicadas: uma do Clube da esquina II, indicando Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges; outra de Manoel de Barros; e outra de Arlindo Cruz.

As páginas 6 e 7 dividem a ilustração de quatro meninos a correr de sandálias, sendo que um tem uma bola embaixo dos braços. Os meninos: Pepeu, Clebinho, Tiquinho e Sinho são apresentados aos leitores. A página 8 apresenta ao leitor a pergunta: “Você sabe o que é favela?” E a resposta: “É uma planta (...)”. Na página 9, há a ilustração de uma árvore. Na página 10, Pepeu se apresenta ao leitor e vai contando coisas sobre o local em que nasceu, as ruas, as ladeiras, as brincadeiras, as festas dos fins de semana, as roupas de domingo, fala de sua casa, do seu gato... descreve seu desconhecimento sobre os temores de quem está fora daquele espaço “que de fora a favela era tão temida, e se ela era, logo, tudo o que estava dentro dela também despertava medo, inclusive a gente” (LUDVICHAK , 2019, p. 20). Fala da vista privilegiada do morro de onde morava, da falta de dinheiro, das lutas, das aprendizagens, das saudades.

Em todas as páginas do livro há um trabalho conjunto e harmonioso da escritora e da ilustradora. Ilustrações de página inteira, de duas páginas, de detalhes, de desenho de letras. A história propriamente dita se encerra na página 29, e na página 30 Dílvia Ludvichak  apresenta ao leitor um glossário com algumas palavras que aparecem na leitura, dando maiores informações sobre as mesmas. Nas páginas 31 e 32 existem algumas informações complementares à leitura, como indicação do dia 4 de novembro, como o dia internacional das favelas, a lista das 10 maiores favelas do Brasil e curiosidades.

REFERÊNCIA

LUDVICHAK, Dílvia. Favela. Il.: Simone Matias. São Paulo: Paulus, 2019. 


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