literatura infatil e juvenil de santa catarina

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Limite
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RESENHA

por Eliane Debus
Professora MEN/PPGE/CED -UFSC
2012

Limite(s) cheio de emoção

Limite difere dos demais livros publicados por Juarez Machado, com ilustrações em preto e branco. Um personagem retido, detido no limite de quatro paredes – ou de um quadrado ou da própria página – isso depende do leitor, que pode ir criando os mais intricados planos em busca da saída, da liberdade. Se lá dentro, na imagem, há o aprisionamento; cá fora a imagem traz a reflexão dos limites impostos e muitas vezes não percebidos.

O livro aguçará a memória daqueles que guardam a presença de Juarez Machado no Fantástico (Programa da Rede Globo), nas noites de domingo, na década de 1970, naquele quadro de mímica hilariante em que ele desvendava segredos e despertava o riso. Limite traz a marca da irreverência, a comicidade de ver o outro em apuros, o encontro de saídas nem sempre definitivas. Tudo muito próximo, do que se pode lembrar, daquele personagem incorporado pelo próprio artista na TV.

A leitura da linguagem visual, de livros como esses, sem dúvida, aquece a alma e a imaginação das crianças pequenas, colaborando para a formação de leitores perspicazes, ávidos por descobertas. 

Um lembrete: esses livros não estão catalogados como literatura infantil e/ou infanto-juvenil, e sim como “caricaturas e desenhos humorísticos”, mas fatalmente irão parar na estante das crianças e adolescentes, como evidenciam a premiação de Emoções na categoria de melhor livro de imagem, concedida em 2001 pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), e, em 2002, o selo altamente recomendável, da mesma instituição, para os dois títulos. Assim, o convite para adentrar nessas Emoções sem Limite(s) se estende também aos adultos que, sem preconceitos, visitam as estantes dos livros para crianças e jovens. 


MACHADO, Juarez. Limite. São Paulo: Agir, 2001.


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