Por Eduarda Souza
Acadêmica do Curso de Pedagogia/UFSC
2013

O livro O empinador de pipas, de Vilma Bayestorff, com ilustrações de Jussara Araújo, é uma história de amizade e companheirismo de dois meninos: Zinho e Renato.

A narrativa relata a vida de um menino de oito anos, pobre, que andava sempre de pés no chão e gostava muito de empinar pipas. As crianças riam dele por andar com roupas velhas e pés no chão; tinha um único amigo, Renato, que era um menino paralítico que andava com muletas. Uma amizade repleta de desejos e sonhos. Zinho desejava ter brinquedos das grandes lojas, já Renato sonhava simplesmente em poder movimentar-se sem precisar das muletas. Renato falava para Zinho que ele era muito feliz porque podia andar, correr e empinar pipas.

Zinho era o melhor fazedor de pipas da sua rua e juntos, os dois meninos brincavam e faziam muitas pipas.

O enredo é conduzido de forma prazerosa, relatando momentos de companheirismo e amizade entre os meninos. Renato ouve no rádio que haveria um concurso de empinador de pipas e o prêmio seria em dinheiro, além de um troféu. Renato convenceu o amigo a participar e contou com a ajuda de seu pai, que deu para Zinho papel de seda e bastante linha para a pipa voar bem alto. Os meninos fizeram, juntos, a pipa para o concurso, e Zinho decidiu colocar as cores de seu estado, Santa Catarina, vermelha, verde e branca.

No dia do concurso, as outras crianças que participavam riam de Zinho pelas suas vestes e seus pés no chão. Zinho ficou triste, mas Renato percebeu e falou baixinho para o amigo que ele era o melhor empinador de pipas do mundo.

A narrativa finaliza quando Zinho ganha o concurso e todos batem palmas para o menino pobre. Zinho, num gesto de amizade, dá o troféu para Renato, pois sem a sua ajuda não teria conseguido, mas Renato diz ao amigo que o melhor troféu ele já conquistou, a amizade deles.

BAYESTORFF, Vilma. O empinador de pipas. Il. Jussara Araújo. Publicação da autora: Florianópolis, 1994.