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O Pato em apuros
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RESENHA

Por Rosilene F. Koscianski da Silveira
Mestre em Educação/UNESC
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFSC
Bolsista do Programa de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior– FUMDES
2013

O livro O pato em apuros escrito por Sueli Tereza Mazzucco Mazurana e ilustrado por Luziane Chequeto Coan foi publicado em edição do autor, em 2013. A obra faz uma homenagem ao centenário de emancipação política de Orleans (1913-2013) e contou com o apoio da Academia Orleanense de Letras – ACOL. O colorido suave, com predominância do amarelo, tanto na capa quanto em cada uma das páginas ilustradas, torna o manuseio desta obra um passeio aconchegante e acalentador. Mas, mais que um passeio, a ilustração abre uma janela a cada nova página e mostra um movimento sequencial, metaforizando, na figura do pato, o movimento da criança que vai rompendo barreiras, crescendo e buscando se autoafirmar. A contracapa traz a biografia resumida da autora e menciona outras obras dela.

Esse livro se propõe a dialogar, principalmente, com os leitores iniciantes. Dispõe o texto com letras relativamente maiores que a habitual utilizada na literatura destinada à criança pequena para encorajá-la a tatear o mundo da escrita e seguir em frente, apreendendo a narrativa poética na sua representação gráfica, contextual e de significação. A intencionalidade e a preocupação da autora com a experiência literária das crianças estão explícitas na última página, na qual dirige algumas palavras aos adultos educadores, enfatizando que as “crianças da atualidade quase não ouvem histórias, quando as ouvem é na escola. Na quase totalidade dos lares, a prática de contar e ouvir histórias quase inexiste” (MAZURANA, 2013, p. 24).

O pato em apuros se propõe a dar sua contribuição para enriquecer o acervo literário destinado às crianças. Quer também preservar a narrativa não urbana, tornando se “um elo entre a criança e seu meio, um diálogo entre o status urbano e o rural, um oceano de respeito que devemos ter pelos ‘sentimentos’ dos animais” (idem). Por meio das estripulias de um pato, pateta ou não, cativam o olhar e a atenção da criança numa identificação catártica de crítica e remissão com a leveza da vivência lúdica e afetiva. Sem dúvida, essa é uma obra para ser lida por adultos e crianças de todas as idades.

MAZURANA, Sueli Tereza Mazzucco. O pato em apuros. Orleans-SC: Ed. do autor, 2013.


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