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O Sapinho Narciso
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RESENHA

Por Arlyse Silva Ditter
Professora de Língua Portuguesa do Colégio de Aplicação – UFSC
2015

Um mito é reescrito por Regina Carvalho em O Sapinho Narciso.No original o protagonista é fascinado por sua beleza e vive hipnotizado pela sua imagem refletida em uma superfície. No caso dessa versão, a Lagoa Pequena, que fica lá no Verde Charco, é o espelho. Narciso é, sobretudo, encantado com sua cabeleira. Sim, um sapo cabeludo.

Muitas são as sapinhas que também partilham da opinião que ele tem sobre si, vivem a suspirar devido a sua beleza. No entanto, ele não as percebe: não nota a vivacidade da Sapinha Wanda, que se exercita a beira da lagoa todos os dias, nem a Sapinha Sophia, uma intelectual.

Um dia, devido às chuvas, a água da lagoa fica turva e impede que ele se veja e se admire diuturnamente. Surge, então, outro personagem, Sapinho Bruxo, que irá perceber o problema de Narciso e tentar resolver. Ao vê-lo não estava entendendo o que havia, assim ele para e pergunta: “Mas é prajá! Garante ele. Guentaí que já resolvo isto! E sai em disparada saltitante” (p. 27).

O feitiço que o Sapinho Narciso vai receber resolve não só a falta de uma superfície que projete sua imagem, mas vai mostrar o amor e libertá-lo de si mesmo.

CARVALHO, Regina. O Sapinho Narciso. Ilustração de Victor Vic. Jaraguá do Sul, SC: Design, 2015.


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