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O velho dos cabelos de mola
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RESENHA

Por Marinaldo da Silva
Graduado em Letras pela Uniasselvi
2017

Sabe aquela história muito comum quando a gente é criança, que os pais vivem falando para, de certa forma, colocarem medo nas crianças, de que há por aí um velho do saco que rouba crianças e vive pensando em praticar maldades? É deste princípio que o livro O velho dos cabelos de mola, do escritor Walmor Santos, parte.

É sobre o estranhamento com que as crianças de uma comunidade recebem um morador, velhinho, que tem fantásticos cabelos feitos de mola. Tocando no tema sobre a diferença, a história é um deleite, e traz, junto à narrativa escrita, um CD com composições feitas por Rodrigo Prates, um gaúcho da cidade de Alegrete, em parceria com o próprio autor do livro.

A história se desenvolve a partir do momento em que os brinquedos das crianças, os que estavam abandonados por estarem quebrados, começam a desaparecer. Coincidentemente, a partir desse momento, a vila onde os “crimes” acontecem começa a ficar cada vez mais escura, enquanto que, no outro lado da cidade, na pobre Vila da Solidão, os dias e as noites vão ficando cada vez mais iluminados. Isso desperta nas crianças muita curiosidade, e, brincando de detetives, jogam sobre o velho dos cabelos de mola toda a culpa pelos acontecidos fabulosos.

Misturando tema tão peculiar como a fantasia, somada ao folclore que envolve as figuras esquisitas das grandes cidades, além do costumeiro “Moral da História”, quando a Vila da Solidão passa a se denominar de Vila Coração, O velho dos cabelos de mola apresenta uma história terna, apresentando os personagens de maneira singela, finalizando com a possibilidade de levar ao leitor as músicas narradas na história em forma de CD, para ser curtida, saboreada, ou mesmo trabalhada nas salas de aula.

SANTOS, Walmor. O velho dos cabelos de mola. Porto Alegre: WS Editor, 2011.


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