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Romieta e Julieu
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RESENHA

Por Rosilene F. Koscianski da Silveira
Doutora em Educação – PPGE/UFSC
2020

O livro Romieta e Julieu de Leoní Edite Narloch Cimardi, com ilustrações de Monika Papescu, foi publicado em 2015, pela Estúdio criações, editora de Blumenau (SC). Como participante do “Livro livre”, teve a publicação patrocinada por empresas privadas e instituições governamentais que fizeram parte do projeto. Este livro foi editado com capa colorida e em papel brilhante. O miolo também foi feito com papel brilhante e de maior gramatura, qualidade que oferece maior conforto ao leitor. A ficha catalográfica está localizada na parte interna da capa e a escritora e a ilustradora são apresentadas na última página do livro. 

Romieta e Julieu é um livro infantil, composto de dezesseis páginas, nas quais texto e ilustração se unem para apresentar uma narrativa inspirada na clássica tragédia shakespeariana – Romeu e Julieta. “Era uma vez uma ave chamada Romieta. Era uma vez uma ave chamada Julieu. Era uma vez Julieu e Romieta” (CIMARDI, 2015, p. 2-3). Assim começa a história que vai tratar de um amor proibido. Ela tinha as cores do sol, plumas reluzentes e a alegria das manhãs. Ele tinha a cor das noites de outono, o prateado brilho do luar nos olhos, olhos que já estavam muito apaixonados. Julieu e Romieta decidiram enfrentar a discordância das famílias, eles tinham certeza do grande amor que sentiam um pelo outro. Subiram ao topo da colina e “enquanto o astro-rei se punha e a dama da noite começava a dar seus primeiros prateados sinais, Julieu e Romieta trocaram juras de amor e sentiram em seus corações a benção matrimonial do sol e da lua...” (CIMARDI, 2015, p. 8).

Essa é mais uma história de preconceitos. Uma narrativa que se repete tanto na arte quanto na vida. As famílias não aceitam a união, pois os apaixonados são diferentes. As diferenças são de toda ordem – aqui é a cor da plumagem. Contudo, nessa história o casal enfrentou o preconceito da família e, algum tempo depois, uma ninhada colorida de filhotes nasceu e promoveu o desejo dos avós em conhecer os netos. “Por coincidência, foram visitá-los no mesmo dia. Para cada avezinha que olhavam, cada família enxergava traços de sua espécie e, ao mesmo tempo, percebia os traços da outra família em harmonioso conjunto” (CIMARDI, 2015, p.14). Assim, a narrativa assume um caráter educativo e trata do respeito às diferenças e, diferente da história que a inspira, encaminha para um final mais feliz e cheio de ternura.

REFERÊNCIA

CIMARDI, Leoní Narloch. Romieta e Julieu. Blumenau: Estúdio Criações, 2015. 


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