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Vira e mexe no Campeche: Zuperri e Monami
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RESENHA

Por Ivanir Maciel
Doutoranda em Educação – PPGE/UFSC
2020

A obra Vira e mexe no Campeche: Zuperri e Monami, de Iris Guimarães Borges, possui 118 páginas, com diferentes aventuras organizadas em 12 capítulos. As ilustrações são do artista plástico e ilustrador Walter Lara.  É uma literatura Juvenil e apresenta uma linguagem que remete aos “Manezinhos” da ilha de Santa Catarina. O enredo se desenvolve na praia do Campeche, região sul de Florianópolis, no período compreendido de 1929 a 1930. As ilustrações no decorrer do livro se apresentam a cada novo capítulo, como um prenúncio da narrativa que o(a) leitor(a) irá vivenciar. Há um destaque para a ilustração da capa do livro que se estende para a contracapa. Há, ainda, uma referência aos principais elementos do texto: um avião de pequeno porte, uma gaivota e um peixe robalo admirado pelos pescadores da região, cuja composição final incita a leitura da obra. 

A tessitura do texto se dá basicamente entre Zeperri, que remete ao escritor Antoine de Saint-Exupéry, criador da obra O pequeno príncipe, e um menino de dez anos, Quico (como era chamado pelos moradores), filho de um pescador local. Quico se torna amigo de Zuperri e os dois amigos trocam experiências sobre os modos de vida de cada um. As belezas naturais e culturais da região são narradas por Quico ao seu amigo aviador, que passa a conhecer sobre a arte rupestre da ilha do Campeche, os animais, a pesca, o boi de mamão, os costumes e rituais até as histórias de bruxas. No capítulo “Conhecendo as bruxas da ilha”, Monami (Quico como era chamado por Zuperri) conta a Zuperri que o alho e o amuleto bentinho protegem contra as bruxas, informou também que os embruxados se tratam com as benzedeiras do Campeche.

A autora, em suas palavras iniciais na obra, provoca o(a) leitor(a) a pensar sobre as dúvidas que povoam o imaginário dos moradores de Santa Catarina, sobre a passagem de Saint-Exupéry e ressalta “[...] eu escrevo história ficcional, inventada [...], o bom da literatura é que podemos inventar e não ser chamado de mentiroso [...]” (BORGES, 2018, p. 07).

REFERÊNCIA

BORGES, Iris Guimarães. Vira e mexe no Campeche: Zuperri e Monami. Il.:  Walter Lara. Criciúma: Edição do Autor, 2018. 


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