Por Arlyse Silva Ditter
Professora de Língua Portuguesa do Colégio de Aplicação – UFSC
2017
Sabe-se que o Natal deveria ser uma festa de celebração da vida, da comunhão com os semelhantes, um momento alto da solidariedade em nosso calendário. Porém é somente isso? No Verde Chaco, os sapinhos também vivem esse Natal. Lá, assim como no nosso dezembro, as casas são enfeitadas, as famílias pensam no cardápio da noite do 25. Os presentes são confeccionados por cada um dos sapos, pois a única loja que se tem é uma livraria. E nem todos querem ou precisam ganhar livros, obviamente.
A Sapinha Cor-de-Rosa enfeita e monta, com glitter, o presépio que todos irão admirar e visitar. Ela que quer tudo à moda de Barbie, reclama, reclama de ter que usar vermelho em tudo, mas enche tudo de laçarotes e fitinhas, bem a carinha dela! Assim, consegue lantejoulas, brilhos, strass, glitters mil, para deixar tudo brillhando! (p. 18).
Os primos Reinaldo e Rechonchudo fazem suas combinações para curtirem a data. O Sapo Padre, que é muito camarada, marca a missa do dia 25, às 11h da manhã, assim dá para todos dormirem bastante.
Moradores de rua, doentes hospitalizados e idosos são sapinhos lembrados no Natal, cada qual com sua necessidade atendida. Um Natal ideal ou real é o tema da narrativa O Natal dos Sapos, mais uma aventura no mundo dos sapos de Regina Carvalho.
CARVALHO, Regina. O Natal dos Sapos. Ilustração de Victor Vic. Jaraguá do Sul, SC: Design, 2015.
AUTORES
- Regina Carvalho (Escritor)
- Victor Vic (Ilustrador)