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Meyer Filho
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Por Tatiana Rosa dos Santos
Mestre em Poéticas Visuais – CEART/UDESC
2013

Nasceu na cidade de Itajaí, em 04 de dezembro de 1919, seu avô paterno era alemão, nascido em Berlim, e o restante da família era de origem portuguesa.

Aos três anos, mudou-se, com os pais, para Florianópolis. Seu primeiro desenho tem registro aos quatro anos e retratava a pesca da tainha na praia dos Ingleses.

Aos sete anos de idade, começam a aparecer os primeiros desenhos de galos que, posteriormente, irão se transformar em temática recorrente na sua trajetória como artista plástico.

No quarto grupo do Colégio Lauro Müller, na Capital catarinense predominavam, no seu imaginário, heróis, ‘mocinhos’ do cinema americano que eram retratados em desenhos.

Ingressou no Ginásio Catarinense, Florianópolis, destacando-se em Desenho e História Natural, disciplinas em que obtinha as melhores notas. Quando os desenhos não eram cópias, nem geométricos, tirava sempre o primeiro lugar. “O que sempre eu tive pavor foi de cópias.”

Apesar de sua paixão pelas plantas e animais, estudou Contabilidade, fez concurso no Banco do Brasil, em 1941, e passou. Entretanto, continuou desenhando. Em 1947, começam a aparecer suas primeiras ilustrações na Revista Sul (revista local organizada pelos artistas da cidade), onde ele começa a ganhar visibilidade.

Em 1951, casado, começa a estudar Desenho, de forma autodidata “[...] comecei a comprar numerosos livros sobre anatomia, humana e animal, perspectiva, luz e sombra. A gente aprende uma porção de regras para depois, pela deformação artística mandar tudo às favas. Mas o fato é que realmente estudei.”

Em 1953, tem sua primeira charge política publicada em jornal da terra. Também tem algumas ilustrações publicadas na revista local Litoral. Em 1954, faz uma série de desenhos sobre o boi-de-mamão e começa a se interessar pelo estudo da história da arte. “Assim durante anos, atravessando muitas vezes as madrugadas, fui, ao lado dos meus desenhos, tomando conhecimento da história da arte, desde os primeiros desenhos das cavernas da Europa, aos mais recentes ‘ismos’ da arte contemporânea.”

A partir daí, dedica-se à criação artística de personagens pictóricos fantásticos, vibrantes e ganha o Brasil e o mundo com seu estilo naif.

No início da década de 1970, desenvolve projeto ilustrativo do livro infantil O Destino do Redondinho, de Maria de Lourdes Krieger, no qual propõe uma interação com o leitor, que era convidado a colorir as ilustrações feitas em preto e branco.

Faleceu em 1991.

*Informações e citações do artista obtidas a partir dos Arquivos implacáveis de Meyer Filho - Minha primeira autobiografia: Um Artista de Florianópolis. (relatos do artista) In: Meyer, Sandra et alli. Meyer Filho (Exercício de Imaginação). Florianópolis: Instituto Meyer filho, 2011 material cedido pelo Instituto Meyer Filho à pesquisadora.


BIBLIOGRAFIA