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A rainha da cocada preta
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RESENHA

Por Tatiana Valentin Mina Bernardes
Pedagoga/UFSC
Pós-Graduação Lato Sensu Educação Infantil/UNISUL
Professora de Educação Infantil SME/PMF
2013

O livro A rainha da cocada preta, de Miriam Portela, com ilustrações de Jefferson Galdino, apresenta aos leitores frases e expressões de ditados populares, trazendo questionamentos e reflexões sobre a origem dos provérbios.

A narrativa começa com o diálogo das duas personagens do livro, avó e neta e iniciado com a pergunta da neta: “O que quer dizer rainha da Cocada Preta?” A avó explica que existem frases e expressões antigas ditas no cotidiano, que ninguém sabe de onde vieram. Diante da expressão confusa da neta, continua a explicação apresentando de uma maneira engraçada e divertida, outras frase e expressões, mas de nada adianta, a neta permanece confusa.

Então, a avó resolve contar à neta a história da rainha da Cocada Preta, na tentativa de ajudá-la entender as expressões dos ditados populares.

E, assim, começa a contar a história que ocorre em um reino distante, Cocolândia, conhecido por esse nome por produzir a melhor água de coco do planeta. Todos os anos, acontecia um torneio para escolher o melhor coqueiro e o produtor da melhor cocada da estação. Na festa, também era eleita a rainha da Cocada Branca.

No reino da Cocolândia, todos gostavam muito de doces e comiam até passar mal, inclusive o rei Crocantis e a rainha Dulcineia. A rainha, de tanto comer doce, ficou diabética e morreu. Com a morte da rainha, o rei ficou inconsolável e, no reino, ninguém mais plantava ou cozinhava, os cocos apodreceram. Preocupado com a situação, o secretário real organizou um concurso para eleger a nova rainha; o desafio era preparar a melhor cocada.

No dia da festa, doze moças fizeram a inscrição, mas somente três foram selecionadas, Baba de Moça, Beijinho e Ambrosia. O rei demonstrou interesse por Beijinho. A mãe de Ambrosia percebeu e resolveu trapacear, trocando o prato de Beijinho por uma cocada escura e queimada que ela e Ambrosia prepararam, mas que havia passado do tempo de cozimento.

O rei provou as duas cocadas brancas e, ao provar a cocada preta, ficou deslumbrado e elegeu Beijinho como sua futura esposa. Revoltadas, Ambrosia e a mãe confessaram que trocaram os doces, mas o rei já estava apaixonado por Beijinho, então elegeu Ambrosia a rainha da Cocada Preta, mas casa-se com Beijinho.

A avó terminou a história, explicando à neta que rainha da Cocada Preta desde então, passou a ser um título dado a quem não se enxerga, a alguém que não tem muito valor e conta mentiras.

PORTELA, Miriam. A rainha da Cocada Preta. Il. Jefferson Galdino. São Paulo: Noovha América, 2010. 23p.


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