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Cri-cró
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RESENHA

Por Vera Lúcia Oliveira de Aguiar
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/UFSC
2013

Cri-Cró, o livro de Else Sant’Anna Brum, publicado pela editora EKO, uma divisão da Livraria Alemã, tem sua segunda edição lançada em 1992. As ilustrações são de Cesar Dorisete da Silva.

O livro conta a história de um grilo, Cri-Cró, que tem problema de dicção, motivo pelo qual não consegue dizer cri-cri, apenas cri-cró. Na narrativa, esse aspecto ora é apresentado como uma questão dialetal que, segundo a autora, infringe a norma culta e a gramática; ora como problema de dicção, tratados como sendo um mesmo assunto. Por imposição do prefeito do local, a Vila Griléria, Cri-Cró precisaria passar a falar cri-cri para preservar a pureza da língua dos grilos. O grilo consulta um filósofo que lhe recomenda procurar a ajuda de uma fonoaudióloga. Após meses de trabalho com a profissional da fala, Cri-Cró finalmente consegue falar cri-cri, mas decide ser sempre Cri-Cró.

Em Cri-Cró há uma segunda temática que parece pretender complementar a primeira: os diferentes tons de verde dos grilos. A narrativa começa tratando desse assunto, o qual é bastante explorado tanto no texto quanto nas ilustrações. Os diferentes tons de verde dos grilos, de tão discutido entre os habitantes do lugar, vira matéria a ser estudada no currículo escolar, passando a ser temática de pesquisa e assunto primeiro em todas as conversas. Ao avançar na história, o problema de dicção (ou dialetal) passa a ser o foco, e a cor dos grilos não é mais retomada.

BRUM, Else Sant’Anna. Cri-Cró. Il. Cesar Dorisete da Silva. 2. ed. Blumenau: Eko, 1989.


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