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Deu Mico no Milharal
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RESENHA

Por Marinaldo da Silva
Graduado em Letras pela Uniasselvi
2017

Folclore? Poesia? Conto? História? Deu Mico no Milharal é um pouco de tudo isso. Augusto Alberto Neto munido de todos esses gêneros, misturando-os, antecipa, em 1985, preocupações com o meio ambiente, com a devastação, assunto esse que se tornou pertinente e costumeiro nas discussões atuais sobre a preservação da natureza.

A história proposta na narrativa de Augusto Alberto Neto fala de um grupo de micos, macacos típicos da mata catarinense, que tem seu modo de vida alterado quando o imigrante, na ânsia de construir cidades, provoca a derrubada da mata e, com isso, põe por terra a vida tranquila dos símios. Peraltas, serelepes, divertidos, sapecas, ágeis e naturalmente atrevidos, os macacos de Deu mico no milharal rebelam-se contra os invasores humanos, dando início a uma disputa, que culmina com a captura do macaco Zulau, que junto com seus amigos selvagens, provocam um verdadeiro alvoroço na vida dos “bichos-homens”. No entanto, é um pequeno piazito, como o homem do campo do oeste catarinense chama os meninos, conhecido como Zeca, que interfere na história da captura e muda o rumo da mesma.

Divertido, ágil, cheio de socioletos típicos da região, que o livro provoca o questionamento sobre desmatamento e natureza de uma forma singela, de fácil assimilação pelo pequeno leitor, trazendo, ao mesmo tempo, uma história cativante, cheia de ação e de aventura.

NETO, Augusto Alberto. Deu Mico no milharal. Frederico Westphalen: Litoarte Marin, 1985.

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