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Funga-Funga
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RESENHA

Mônica Dias Vieira
Graduada em Pedagogia - UDESC
Professora da Rede Municipal de Ensino – Florianópolis
2013

A narrativa de Glória Maria Cristofolini, Funga-Funga, descreve a aventura de um coelho pela cidade. Ele era muito alegre, de pelo bem branquinho e que acreditava que as cenouras fossem fontes de vitamina e que o deixavam forte e saudável, mas tinha um defeito: era teimoso.

Funga-Funga era louco para viver uma aventura inesquecível. Assim, um dia de sol forte decidiu ir à cidade. Já se achava muito esperto, pois, na escola, já havia aprendido a ler, contar, já escrevia seu nome e sabia ler os sinais de trânsito.

O coelho saiu de casa, cheio de cenouras no bolso, caminhando e fungando, coisa que fazia sempre, quando estava ansioso. Depois de muito caminhar, percebeu que o sol já estava se pondo e só havia mais uma cenoura no bolso. Foi quando avistou as luzes da cidade, e ficou muito emocionado.

Como estava muito cansado, pensou em descansar debaixo de um banco da praça, mas, como havia muito barulho, decidiu procurar outro lugar. Porém, onde quer que ficasse, sempre tinha alguma criança ou adulto querendo pegá-lo.

Começou a se sentir muito cansado e a lembrar-se dos conselhos de sua mãe, quando dizia para ele não ir muito longe e que cidade não era lugar de coelhos.

Sentia-se sozinho, sem seus amigos. Achava que se aventuraria na cidade, mas, na verdade, aquilo estava se tornando triste e sem graça. Quando já estava quase sem forças, avistou uma casa em construção e decidiu dormir naquele lugar. Ao adormecer sonhou com seu amigo vindo ao seu encontro e acordou com o barulho dos homens que estavam chegando para o trabalho. Funga-Funga saiu correndo como um raio.

Ao caminhar, o coelho começou a lembrar-se dos conselhos dados pelo seu amigo no sonho e, confiante, começou a enxergar a estrada que levava até a sua casa.

Ao chegar em casa, sua mãe nem o reconhecia mais, estava feio, magro e muito sujo. Funga-Funga pediu desculpas a ela e disse que ela tinha razão, cidade não era mesmo local para coelhos.

E, após tomar um belo banho e comer cenouras, foi ansioso contar aos seus amigos sua aventura. Mas contou, também, que prometera a sua mãe que nunca mais faria aquilo.

Trata-se, sem dúvida, de um fato que ocorre muito entre pais e filhos, e que a autora usa o coelho, mas que, na verdade, a moral da história é retratar os conselhos sempre passados de mãe para filhos de que não se deve andar sozinho, pois o mundo é cheio de perigos.

CRISTOFOLINI, Glória Maria Alves Ferreira. Funga-Funga. Il. Francisco Mibielli. Florianópolis: Papa-Livro, 1999.


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