por Eliane Debus
Professora MEN/PPGE/CED -UFSC
2012
Nos ombros fortes de papai, de Maria de Lourdes Krieger, apresenta um discurso narrativo construído em terceira pessoa, apresentando as reflexões do personagem-menino sobre seu pai. A imagem do pai é heroificada pela criança. A descrição do pai - alto, forte, valente -, ao mesmo tempo em que envaidece o menino, dá-lhe uma sensação de medo:
É difícil ter um pai
tão valente,
tão incrível,
tão corajoso.
Até parece
que a gente tem de ser
corajoso igual. (KRIEGER, 1991, s.p)
Esse pai, distante e forte, comparado às figuras do Super-Homem e do Homem-Aranha, acaba por desvanecer-se no dia em que o menino surpreende o pai chorando e faz uma descoberta: “PAPAI CHORA DE MEDO!” e descobre que gosta, também, desse pai nem tão alto, nem tão forte, mas do tamanho bom como o de qualquer outro pai.
Construído com uma linguagem simples e poética, sem termos complexos, a narrativa é propícia aos leitores iniciantes.
Referência
DEBUS, Eliane S. D. Entre vozes e leituras. Florianópolis: UFSC, 1996 (Dissertação de Mestrado/PPGL/UFSC).
KRIEGER, Maria de Lourdes. Nos ombros fortes do papai. Il.Leonardo Menna Barreto 4.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.
AUTORES
- Maria de Lourdes Krieger (Escritor)