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O Gatinho e o velho Juiz
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RESENHA

por Daniela Martins
Acadêmica de Pedagogia – PET Pedagogia - UFSC
2012

O livro O gatinho e o velho juiz, de Airo Zamoner, narra, em quatro capítulos, a história do gato que odiava a toga do seu dono, um velho juiz. O gato tinha ciúmes da to-ga, pois sabia que era o contrário de ga-to, e não gostava de ser confundido com nada, além de que, a toga era de seda preta, com algumas rendas brancas, e ele era preto de orelhas brancas. O velho juiz era muito admirado nas ruas quando ia, a pé, trabalhar, vestido com a toga. Era muita semelhança! Certo dia, o velho juiz, em vez de vestir a toga, vestiu o gato. 

As pessoas tinham muito respeito pelo juiz, que ficava dias, semanas e meses estudando casos, viajava para resolver problemas e estudar mais. Toda a justiça da cidade dependia dele.

Naquele dia, porém, , o povo achou graça do velho juiz, quando este saiu na rua, mas ele nem percebeu que riam dele e de sua confusão. Chegando ao tribunal, o gato, que estava lá por engano, ficou espantado com os montes e montes de papéis e perguntou o que era toda aquela papelada. O juiz ficou pensando e, sem saber responder, chamou a secretária, que respondeu dizendo que eram processos. 

Ao lembrar-se dos processos, o juiz ficou muito bravo e bateu forte em um dos montes, levantando poeira para tudo que era lado. O gato começou a tossir, papéis voaram pelas janelas, a bagunça foi grande e o povo foi recolhendo o que encontrava para colaborar com a ordem. 

E, foi no meio daquela desordem que o povo acabou percebendo que os papéis estavam intactos, da forma de deram entrada, permaneceram. Todos que lá estavam ficaram muito irritados, e o gato, louco da vida com a toga, disse que aqueles montes de papéis só serviam para apoiar bandejas, porta-retratos, televisão e muito pó, dizendo ainda que o juiz nem lembrava o que eram os montes de papéis. Não faltaram dedos para apontar na cara do velho juiz!

A partir desse dia, ninguém mais deu importância quando o velho juiz passava nas ruas. A toga? Não a usava mais, só saía com o gatinho.


ZAMONER, Airo. O gatinho e o velho juiz. Curitiba: Protexto, 2004.


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