Por Anne Marie Tribess Onesti,
Pedagoga formada pela UFSC, em 2007
Professora na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis
2013

O livro Onde bate o coração do mundo, (São Paulo: Noovha América, 2010) de Miriam Portela e ilustrações de Canato, nos revela a encantadora história de uma menina que gostava muito de ouvir e de contar histórias junto a seus pais, sendo que, por vezes, chegava a imaginar entrando no seu quarto fadas, princesas, bruxas e até gigantes. Certo dia, a menina Jojô disse não querer ouvir uma história, e seus olhos se encheram de lágrimas. O que teria acontecido? Jojô estava muito preocupada e precisava partilhar com os pais algo revelador.

Durante as madrugadas, a menina ouvia um pedido de ajuda, mas não era de uma pessoa, era o choro do coração do mundo, pedindo às crianças que cuidassem das matas, dos animais, das águas e do afeto existente entre os seres humanos. Apenas as crianças estavam aptas a ouvir esse pedido, pois os adultos há muito tempo já se esqueceram de cuidar do planeta. O coração do mundo pedia ajuda e Jojô resolveu ajudar. A menina convenceu cada um ao seu redor a fazer a sua parte, cuidando das árvores de seu quintal, das águas dos rios mais próximos, dando atenção e carinho aos animais e sendo afetuosos e respeitosos com todos os seres humanos.

Outras crianças de todo o planeta, também ouviram o pedido e fizeram a sua parte para tornar o mundo um lugar melhor e cultivar saudável o seu coração.

Uma história que emociona e que faz refletir pessoas de qualquer idade. Miriam Portela nos faz perceber que cada um de nós pode e deve fazer a sua parte, com pequenas atitudes podemos mudar o mundo. A autora nos lembra, também, da importância das crianças nessa luta, já que são elas que tomarão conta do mundo no futuro próximo. Qual herança queremos deixar? Talvez, o entendimento de que a preservação e as atitudes positivas são pontos fundamentais para que elas vivam em um mundo feliz e saudável. 

PORTELA, Miriam. Onde bate o coração do mundo. Il. Canato. São Paulo: Noovha América, 2010.