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Pê e o vasto mundo
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RESENHA

Por Maria Laura Pozzobon Spengler
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação – UFSC
2017

Do escritor Paulo Venturelli, a narrativa Pê e o vasto mundo conta a história do menino Pê, que não se sabe se é diminutivo de Pedro ou um Pê da letra P. Menino magrelo que, dependendo de quem o olhava, levava apelidos de ternura ou de deboche. E quem o via como uma criança, só o chamava de Pê. O vô e vó o chamavam de Tico-tico, e Pê se tornou Pê-tico, pitico.

Porém, para um menino era pesado carregar tanto jeito de ser, e quando sentava na cama, ficava imaginando, com imaginação de criança, tudo o que queria ser, e nesse imaginar de ser, queria ser pandorga, para voar o mundo do alto e ver tudo de cima. Espiando o mundo da janela do seu quarto, Pê era sim uma pandorga, e como tal sabia que podia fazer tudo: peneirava pó de estrelas, furava nuvem e saboreava o calor do sol... E, ainda assim, queria saber que bicho era pitico, e descobriu que pitico era assim como ele, pequeno e leve e macio, bom de acarinhar. Pê sabia que podia ser tudo, e brincando com o vô era tudo o que queria ser. E era o mundo.

A narrativa poética é também construída visualmente pela ilustradora iraniana Fereshteh Najafi, que com traços infantis, oferece ao leitor o ponto de vista do mundo vasto de Pê, aquele da imaginação de uma criança.

VENTURELLI, Paulo. Pê e o vasto mundo. Ilustração de Fereshteh Najafi. Curitiba: Positivo, 2014.


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