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Sou lobo sim. Mau? Nem pensar
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RESENHA

Por Larissa Goedert Cabral
Acadêmica do Curso de Pedagogia/UFSC
Bolsista PET/Padagogia
2013

Sou lobo sim. Mau? Nem pensar, de Maria de Lourdes Krieger, história ilustrada por Freekje Veld vem desfazer a fama de que os lobos são maus. De forma cativante e lúdica, a autora leva o leitor a construir uma outra imagem do lobo.

O personagem lobo é o narrador da história e busca fazer com que o leitor perceba que sempre que os lobos aparecem em algum livro infantil, propaganda, filmes e desenhos, são caracterizados com dentes grandes e afiados e com olhos bem arregalados, com isso a imagem de lobo é sempre de um animal muito perigoso. No entanto, o lobo ressalta que entre seus pares, na alcateia, é sempre visto como carinhoso e simpático.

Segundo o lobo, essa fama de lobo mau vem de muitos anos. Lá na Europa, existia uma certa floresta muito fechada, com várias espécies de plantas. Para os habitantes, porém, aquilo era um problema, então, resolveram derrubar a floresta e colocar lá ovelhas, mas, como os lobos sentem fome, se alimentaram daquelas ovelhinhas. Os moradores, então, sempre que se reuniam, contavam histórias e diziam que, além de comerem ovelhas, os lobos comiam criancinhas. Desse modo, o medo se espalhou e foi daí que os denominaram de maus.

Ele ainda explica que muitos acreditam que os lobos andam sozinhos, mas isso também não é verdade, eles gostam mesmo é de andar em bando. No entanto, nas histórias, estão sempre sozinhos, como em Os três porquinhos, Chapeuzinho vermelho, e Os sete cabritinhos, em todas, os lobos levaram a culpa de todo o mal que havia acontecido.

Ao final do livro, o lobo conta que a sua espécie não é má, apenas responde a sua natureza e seu instinto de caçador; se não comesse, morreria de fome entrando em extinção.

Eis uma nova versão para a história do Lobo Mau.

KRIEGER, Maria de Lourdes. Sou lobo sim, mal? Nem pensar! Il Freekje Veld – Florianópolis: Cuca Fresca, 2013.


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