por Maria Laura Pozzobon Spengler
Doutoranda em Educação – UFSC
2012

O livro de Airo Zamoner, Os Diabanjos, mostra que é necessário que se vença o medo, através dos encontros e desencontros a que todo adolescer conduz.

Alexandre tem 12 anos, e, adolescente a se descobrir, começa a questionar sobre as dúvidas da vida, em especial, sobre o bem e o mal nas pessoas e sobre as atitudes destas. 

Num encontro diferente, conhece um Diabanjo, figura estranha, com chifres vermelhos e asas de anjos. Os dois tornam-se amigos e confidentes, e o Diabanjo presenteia Alexandre com uma luneta capaz de enxergar os chifres e as asas das pessoas comuns. Uns com chifres acentuados, outros com asas imensas...

Isso faz com o que menino perceba que o bem e o mal moram dentro de cada um, e que só depende das atitudes para que as pessoas se mostrem ao mundo como seres bons ou não.

Fazendo uso de sua linguagem polida, o autor faz crescer o vocabulário de seu leitor, e o coloca em uma posição de identificação pessoal com o tema central da narrativa.

ZAMONER, Airo. Os Diabanjos. Curitiba: Protexto, 2003.